quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Extraído de: Vert-mag.com

PARTY WAVES
Faz hoje quase três semanas desde que voltei da Austrália. Foi uma viagem de sonho, bastante produtiva e enriquecedora onde surfei uma grande variedade de ondas. Progredi no meu surf (bodyboard) e aprendi sobretudo com eles - os aussies - o que é estar dentro de água.

É que o surf faz parte da cultura dos australianos, tudo é "no worries", o mar é para desfrutar. Creio que essa tem sido a chave do meu progresso desde que cheguei.

Aprendi com eles o significado de uma "party wave" e, tal como o nome indica, é uma onda que se apanha com os amigos e vai tudo a curtir. Depois saímos da água com um sorriso enorme, independentemente de estarem ou não boas ondas.

Assim que cheguei a Portugal estava com saudades de surfar com os meus amigos e a partir de agora temos feito sempre "party waves" durante as surfadas. É terapêutico... não só porque transmite boas vibrações dentro de água, mas também porque me tem ajudado a relaxar em ambientes mais competitivos no free-surf. Penso que torna o meu surf mais natural, fluido e divertido...

Digo isto porque tenho notado uma maior progressão desde que voltei a surfar com os meus amigos e a ter momentos destes de puro riso. Talvez durante a viagem à Austrália competíssemos bastante entre nós para ver quem fazia as melhores ondas. Talvez...

Ontem (passado domingo) foi exemplo disso na Praia do Norte, na Nazaré. Foi talvez das maiores ondas que já surfei na vida e senti-me orgulhoso por termos tão boas ondas como estas em Portugal. O espírito do pessoal que estava na água foi simplesmente fantástico. Isso fez com que relaxássemos bastante perante condições que qualquer ser humano se sente vulnerável.

O que sei é que bati em lips onde nunca na vida imaginei que seria capaz de o fazer, nem de aguentar tanto tempo debaixo de água sem leash.

Um grande bem haja aos que estavam presentes na praia. O pessoal partiu a loiça e é essa a boa onda que gostava de assistir mais em portugal!

O próximo passo não é descer uma de 4 metros e ir lá bater, mas antes descermos todos uma "party wave" gigante... uns às cambalhotas... outros sentados na prancha e ainda outros com uma perna atrás das costas com a avó ao colo!

António "Bodecas" Saraiva

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